Sem pontuar em pesquisa, Novo oficializa candidato ao Planalto em 'chapa pura'
© Folhapress / Suamy Beydoun / AgifO então pré-candidato à Presidência pelo, Luiz Felipe D'Avila, participa de evento com empresários na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), em São Paulo, 27 de julho de 2022

Neste sábado (30), durante sua convenção nacional, o partido Novo oficializou a candidatura de Luiz Felipe D'Avila à Presidência mesmo sem coligação. O vice-candidato da chapa será o deputado federal Tiago Mitraud (Novo-MG).
Ainda pouco conhecido, o nome de D'Avila está entre os seis candidatos que não pontuaram na pesquisa eleitoral divulgada pelo Datafolha na quinta-feira (28). O cientista político e empresário Luiz Felipe D'Avila já tentou ser candidato ao governo de São Paulo e teve participação na candidatura de Geraldo Alckmin ao Planalto, em 2018.
D'Avila passou a ser cotado pelo Novo após a desistência do ex-presidente João Amoêdo, que abandonou a possível disputa por acreditar que falta unidade partidária em relação à postura diante do presidente brasileiro, Jair Bolsonaro (PL). Amoêdo foi candidato à Presidência em 2018 e terminou o primeiro turno em quinto lugar, com 2,5% dos votos, o equivalente a cerca de 2,7 milhões de eleitores.
© Foto / Rovena Rosa/Agencia BrasilO ex-presidente do Novo João Amoêdo durante convenção do partido.

O ex-presidente do Novo João Amoêdo durante convenção do partido.. Foto de arquivo
© Foto / Rovena Rosa/Agencia Brasil
A convenção nacional partidária que oficializou a candidatura de D'Avila é o momento em que os filiados do partido elegem e confirmam os candidatos. Esse passo é regido pelo calendário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que permite neste ano a confirmação das candidaturas entre os dias 20 de julho de 5 de agosto. O registro formal das candidaturas tem prazo mais largo e vai até o dia 15 de agosto.
Candidato pela 1ª vez, D'Avila tenta repetir desempenho de Amoêdo
D'Avila assumiu a pré-candidatura pelo Novo em novembro de 2021. Entre os objetivos está o de repetir o desempenho da campanha de 2018 de Amoêdo. Ex-filiado do PSDB, o atual candidato do Novo já tentou disputar prévias pelo partido nas últimas eleições para pleitear o governo de São Paulo, mas foi vencido por João Doria. O empresário é de uma família com vários políticos, mas essa será a primeira vez que D'Avila disputa uma eleição.
Apesar de críticas, o Novo é um dos partidos mais alinhados às propostas de Bolsonaro no Congresso Nacional e tem entre suas principais linhas de ação a defesa da privatização de todas as empresas estatais. O principal cargo executivo ocupado pelo partido é o do governo de Minas Gerais, com Romeu Zema (Novo), que tentará a reeleição neste ano.
© Foto / Partido Novo/DivulgaçãoRomeu Zema, governador eleito de Minas Gerais pelo partido Novo.

Romeu Zema, governador eleito de Minas Gerais pelo partido Novo.. Foto de arquivo
O primeiro turno das eleições de 2022 está marcado para o dia 2 de outubro. Segundo a mais recente pesquisa divulgada pelo Datafolha, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera a corrida eleitoral com 47% das intenções de voto, seguido de Bolsonaro, com 29%, e Ciro Gomes (PDT), com 8%.